Clássico quente no Engenhão

Por Rodrigo Alvim

Apesar dos times mistos que foram a campo, Vasco e Botafogo fizeram um clássico animado essa noite, no Engenhão. Sinceramente, falei no início da nossa jornada que não esperava um jogo tão bom, mas que ele tinha alguns ingredientes interessantes para análise. A estréia no Rio do meia Carlos Alberto. A primeira partida do lateral Valmir, no Vasco. E o fato de que o jogo pode ser o primeiro de uma série de três, caso os dois times cheguem na final da Copa do Brasil.
Na verdade, tudo isso, e a vontade das duas equipes durante o jogo, fizeram do clássico uma partida bem agradável e emocionante. O Vasco fez um gol logo no primeiro minuto da partida com o zagueiro Eduardo Luiz. Com isso, o time da colina recuou e passou a usar o contra-ataque, criando as melhores oportunidades no primeiro tempo. O Botafogo foi muito bem marcado pela zaga vascaína. O meia Carlos Alberto teve como sombra os zagueiros Eduardo Luiz e Luisão, que se revezavam na sua marcação, dificultando as ações ofensivas do glorioso. Sem a presença de Lúcio Flávio e de Jorge Henrique no primeiro tempo, o Botafogo ficou sem criação e também com pouca movimentação no ataque.
Já no segundo tempo, o técnico Antônio Lopes perdeu por contusão Jean e Valmir, que fizeram boa partida, e também realizou alterações para deixar o Vasco mais recuado. Achei que o Lopes errou na saída do Alex Teixeira. Não estava gostando da atuação do jovem vascaíno, mas sem ele e o Jean, o time perdeu a velocidade do contra-ataque. Resultado, o Botafogo cresceu, pressionou, e chegou ao gol de empate aos 40 minutos em um pênalti que, da cabine, achei duvidoso. Inclusive, como apitou mal o Índio! Lucio Flávio, que entrou junto com Jorge Henrique na etapa final, bateu e fez o gol dando números finais a partida.
Agora, as duas equipes pensam na Copa do Brasil. Se o Vasco jogar com ímpeto, com o senso de marcação que jogou hoje, e o ataque funcionar, tem grandes chances de bater o Sport, em São Januário. Já o Fogão não pode se acovardar diante do Timão. Se jogar como Botafogo, passa para a final. Boa sorte aos dois!!!
O jogo de hoje teve a narração de Cacau Borges, com os meus comentários, e as reportagens de Wagner Luiz. No plantão esportivo, Granger Ferreira. E na parte técnica Reginaldo Cruz e João Cardoso.